Comentava com um amigo à respeito de arte e cultura aqui na terrinha, e ele aproveitou a ensaiar-me um "vou é pro sul e fazer como Zé (Ramalho), vou morar dentro de um fusca até um dia conseguir alguma coisa, até dar certo. . ."
Foi aí que comecei a repensar o som de Zé Ramalho, dentro de apenas dois anos de sucesso (em disco), embora uma porrada de anos com o pé na entrada aqui e ali, tocando ao lado de Alceu Valença e outros. . . Aqui mesmo, na Paraíba, a peleja foi grande. A batalha incansável de Zé Ramalho, bem como tantos outros brasileiros que usam o suor como profissão e a mente, para aperfeiçoamento espiritual em elevação, me fez lembrar quando do primeiro sucesso lançado em meados de 78, no primeiro disco Long Play.
Zé despontara com grande sucesso no mundo do disco. Era a sua marca sólida de entrada na música popular brasileira, como símbolo maior e representante da tribo Paraíba. - . Na época, tudo bem, dava até pra se fazer um paralelo de quantos já passaram por um primeiro sucesso, sem que dele arredassem o pe.' Mas, com esse novo disco lançado em 79, fica de vez, consolidado o trabalho desse paraibano vitorioso, mais um. E hei de dizer à muitos: "Foi;um AVOHAI mui bem tragado, para quem era um simples Zé'.
E de repente, numa expectativa de oito mil pessoas numa platéia, voltam Zé Ramalho e Amelinha (que, diga-se de passagem, não trata-se de sua mulher ou, apenas no Frevo), para sensacional apresentação no ginásio do Astréa; onde, sob a coordenação de Onaldo Mendes, estarão mostrando 'um espetáculo dirigido por Carlos Alberto Sion (Leia-se: CBS Discos), amanhã, dia 21, às 21:00 horas, ao preço conveniente de apenas Cr$ 100,00 paus, para os que estão a fim, e já sentam a bundinha no chão...
Fonte: Jornal O Momento, João Pessoa-PB 20 a 26 de abril de 1980, por Gilvane Sabino.(Acêrvo Zé Ramalho da Paraíba)
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