sexta-feira, 30 de abril de 2010

ABRAÇO AOS AMIGOS DO FORUM!!!


Passeando pelo site oficial do mestre Zé Ramalho fico muito feliz de encontrar pessoas sábias que admiram a obra desse profeta assim como eu. Lançam idéias bacanas, fazem bons comentários e passam belas mensagens aos participantes do fórum.

Por isso vai aqui meu abraço especial a galera que sempre está ativa no fórum do site oficial de Zé:

ADRIANO ROCHA Louco Por ZÉ RAMALHO

ALEXSANDER DE SOUZA

IVONILSON MAGALHÃES.

EUNICE LIMA

PAULO SILVIO

RENNYS SILVA

AURILIO SANTOS
...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

De V olta à varanda do avô.

Imagine um poeta louco que reúna, numa só estrofe, os versos desembesta­dos de um repentista que junta rimas, mas não tem ciência, com a sagrada falta de sentido dos futuristas russos.


Imagine também que o mesmo sujeito seja também um bruxo e que este bruxo reúne os sons tirados do bojo das violas que ouviu na infância com outros sons eletrificados, que tocou e cantou em sua ju­ventude, num mesmo caldeirão. Mas não pare de imaginar logo agora: pense também que o aprendizado desse poeta e bruxo foi em conjuntos de baile que tocavam covers (reprodu­ções, nota a nota, das gravações de sucesso), para viver.


Então, você terá composto o re­trato falado de um artista. Ele se chama Zé Ramalho.


É impossível dissociar esse artista de sua história, quando se ouve o LP Opus Visionário, que a CBS acaba de lançar no mercado. Zé Ramalho é um primo distante de Bob Dylan quando refaz essa rota do mistério de obra que só tem sentido quando ouvida:


Quando Impressa parece apenas um amontoado alucinado de palavras. Mas ele não chegou a Bob Dylan pelos caminhos que nossa gera­ção trilhou: os Beatles e os Rolling Stones. Quem levou Zé Ramalho ao judeu fujão de Minnesota foi um negro maluco que não andava de trem - "que é coisa do diabo" - e que conheceu. a pé todo o sertão da Paraíba: Limeira, o bardo surrealista da poesia oral nordestina.


Não foi com Lennon e McCartney que ele aprendeu os mistérios do absur­do. Foi decorando os versos fescenínos, com rimas e métrica. Mas sem sentido, que Otací­lio Batista e Orlando Tejo reproduzem do negrão que andava com rabeca e matulão nas costas contando que Getúlio Vargas foi delegado em Campina Grande e que Dom Pedro II celebrou missa em Piancó.


A herança de Limeira levou o menino feio de Brejo do Cruz ao sucesso nacional já em seu disco de estréia, em 1978. Mas o violeiro elétrico se perdeu nas trilhas do êxi­to, que só reencontrou com a trilha sonora para o vampiro do Roque Santeiro, no ano passado.


O reencontro do profeta apocalípti­co com o renome possibilitou o primeiro gran­de disco de Zé Ramalho, desde sua estréia estrondosa. Opus Visionário é o LP da matu­ridade de um artista que quer recuperar a inocência, com quem se vê de novo, oito anos depois de havê-la perdido. O ouvinte precisa entender que o poeta-bruxo apanhou muito da vida e dos esquemas do selvagem capitalismo fonográfico para conseguir destilar, de novo, este ar de terno de linho engomado que o disco tem.


Zyliana retoma, desde os primeiros acor­des de O Guarani, os rumos em direção à infância, de que a glória havia desviado. "A foz de um grande rio me arrastou e num toco boiando fui lutar" - canta o profeta apoca­líptico com sua voz, marcada pelos sinais mais evidentes da batalha. Agora, o primo de Bob Dylan volta a ser o irmão de sangue de Inácio da Catingueira, em Olhares sem Destino, toada composta em parceria com Téo Azevedo, violeiro da Bahia do Bode e do Norte de Minas.


Netuno, com seu tridente, que o proteja dos novos cantos que a sereia da fama ainda vai espalhar em suas águas. Para voltar a produzir um disco como este, o violeiro elétrico de Brejo do Cruz só basta usar uma bússola, a de seu próprio verso: "O homem já procura agora um caminho que o leve de volta para um lar". Pois. só quando se senta novamente na varanda da casa da fa­zenda do Avô-hai, no primeiro sertão da Paraíba, é que ele tira do bojo elétrico da viola um desafio à altura de seu talento. único condão mágico capaz de misturar as dosagens certas para a poção exata dessa fusão fantástica entre o rock e a poesia oral nordestina, cuja receita só ele domina, no planeta da música de consumo do Brasil.


Jornal O Estado de São Paulo em 25 de Setembro de 1986.



sábado, 24 de abril de 2010

No Astréa novas músicas e "A Noite do Lobisomem"

Zé Ramalho subirá hoje, às 21h30m, ao palco do ginásio de esportes do Clube Astréa, depois de cinco anos sem ter feito um show monta­do em João Pessoa, como foi o da época de Admirável Gado Novo.


Hoje o público que lhe é fiel - e que é grande – deverá comparecer em massa ao As­tréa., para aplaudir o compo­sitor paraibano com antigos sucessos e novos, como é o caso de A N.oite do Lobiso­mem, da,trilha sonora de Ro­que Santeiro ~ super­ executada nas emissoras ra­diofônicas do país.

Como garantiu ontem o produtor Onaldo Mendes - da OM Comunicações, que faz o show de Zé em João Pessoa numa associação com a Gil Programações Artísticas -, tudo na noite de hoje deverá funcionar com perfeição, res­gatando ao Astréa a condição de melhor local (incluindo condições de acústica e visi­bilidade) para realização de grandes espetáculos musicais na Paraíba, já que as expe­riências verificadas na Praça do Povo do Espaço Cultural sempre redundaram em re­clamações generalizadas do público mais exigente.


O presidente do Astréa, Luiz Mendes, informou, in­clusive, que somente será permitida, durante o show de Zé Ramalho, a venda de bebi­das e refrigerantes apenas em copos plásticos, evitando-se assim a possibilidade de qualquer acidente com garra­fas ou latas.

Onaldo Mendes disse que a parte externa do ginásio do Astréa será assegurada in­tegralmente pela Polícia Mi­litar do Estado, que garantiu um esquema especial, fican­do a parte interna com segu­ranças particulares. Já o De­tran interditará a rua Prince­sa Isabel no trecho do ginásio - ou seja, entre a Pedro I e a Monsenhor Walfredo.


Jornal A União em 28 de Novembro de 1985



A GRANDE AVENTURA DE SER ARTISTA

Depois de produzir três discos em menos de doze meses, Zé Ramalho lan­çou o álbum Orquídea Negra, ao mesmo tempo em que pre­para três livros para serem editados ainda este ano. Neste trabalho, fruto de uma extensa pesquisa, ele procura encontrar uma linguagem nordestina voltada para ima­gens representativas de cul­tura do povo, com a preocu­pação de não cair em sim­bolismos estereotipados. "A arte é uma grande aventura para o ser humano". diz ele ­e talvez seja por isso que se aventure tanto, mesmo quando faz literatura de cor­del. "Não tenho nenhum in­teresse comercial nos meus li­vros, e qualquer pessoa que quiser recebê-los, a exemplo de Carne de Pescoço, só é pre­ciso escrever para a CBS pe­dindo o material."

No último trabalho, Orquí­dea Negra. Zé Ramalho se voltou para parcerias. Isso, segundo ele, se deve ao fato de "depois de ter atravessado um mar de silêncio recebi uma couraça de Jorge Mautner e resolvi dividir meus momen­tos de criação com outros par­ceiros. Orquídea Negra é uma imagem do que Mautner pen­sa de mim, transcrita com fir­meza para uma música". O místico, traço marcante em seu trabalho, teve origem na terra onde nasceu (a Paraíba) e em imagens de sonhos. "Meu trabalho às vezes é meio confuso, mas isso obriga as pessoas a ouvirem mais para querer entender. Faz parte da loucura da arte as contradições que vão sendo reveladas a cada passo - es­sencial para que as pessoas se­jam levadas a pensar." O fato de não pisar num palco este ano traduz uma necessidade de vida e produção. Afinal.

como ele' diz, "tudo o que o artista pratica fora do palco soma para a concepção total do seu trabalho".


Revista Fatos e Fotos em 05/09/1983

domingo, 18 de abril de 2010

Apresentação de Zé Ramalho será a 10 no S. Roza.

Estará no Teatro Santa Roza, dia 10 de setembro, o compositor Zé Ramalho da Paraíba, numa única apresentação para o público pessoense. Desta vez com o show: "UM DIA ANTES DA VIDA" partindo em seguida, agora que seu contrato com a Rosenblit foi terminado, para o Rio de Janeiro.

Além de "PAÊBIRÚ", LP duplo de parceria com Lula Côrtes, Zé Ramalho já participou de Vários discos, atualmente circulando por todo o país, com "VIVO" de Alceu Valença, " CORDEL, REPENTE E CANÇÃO" produzido por Tãnia Quaresma.

Grandes momentos marcaram a carreira do paraibano Zé Ramalho dos quais os mais recentes foram: " SOPA DE MORCEGOS", show feito ao lado de Geraldinho Azevedo, em janeiro de 1974 no Rio de Janeiro; "ATLANTIDA", produzido por Onaldo Mendes e Eduardo Stuckert; "3 ABOIOS DIFERENTES", ao lado de Jarbas Mariz e Huguinho Guimarães; participou, ainda, do "Encontro de Violeiros e Cantadores" realizado no Teatro Santa Roza em 1975; e, tambem, de vários consertos de música popular, dentre os quais "Chaminé", realizado em Olinda, e o Encontro Artistico Espiritual do Nordeste, no pátio da Igreja São Francisco - ambos em 74.

Por último Zé Ramalho percorreu a Estrada da Montanha do Sol, ao lado de Lula Cortes, e em seguida o trem " DANADO PRA CATENDE" de Alceu Valença. Voltando pra Paraíba se apresentou na primeira mostra da Coletiva de Música, realizada este ano pelos compositores paraibanos, no Teatro Santa Roza. E agora, na véspera de sua viagem, ele apresenta o show "UM DIA ANTES DA VIDA".

Fonte: Jornal O Norte, João Pessôa, domingo 5 de setembro de 1976.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Livro sobre Zé Ramalho e o grande fotógrafo Aurílio Santos.

Para quem quiser adquirir o livro “Aurilio Santos O olhar criador, Zé Ramalho o ancestral da palavra” do poeta Manoel Monteiro Ed. e Gráfica Real.

ou para obter outras informações sobre o “Espaço Acervo Aurilio Santos – Zé Ramalho Vida e Obra”, o fotografo disponibiliza contato pelos e-mails:

auriliosantos@yahoo.com.br
auriliosantos@gmail.com

"Zé Ramalho faz a síntese do Nordeste"

No dia 12 de abril de 1978, o jornal "O Globo" publicou uma longa entrevista com Zé Ramalho feita pela jornalista Ana Maria Bahiana. Dois anos depois, essa mesma entrevista faria parte do livro "Nada será como antes - MPB nos anos 70" (Ed. Civilização Brasileira, 1980) que a jornalista lançaria, contendo várias entrevistas com outros artistas que ela fez ao longo do tempo. A entrevista de Zé Ramalho que transcrevo abaixo, está nas págs, 230/235.





"ZÉ RAMALHO FAZ A SÍNTESE DO NORDESTE" - Ana Maria Bahiana
"Olhos de fogo, rosto anguloso e maníaco, uma cabeleira enorme, dedos ossudos vibrando a viola, voz metálica: quem assistiu à estréia de Alceu Valença em teatro, aqui no Rio, há três anos, recordará muito bem a aparição/intervenção de Zé Ramalho da Paraíba às horas tantas do show desafiando o titular do concerto numa cantoria doida que partia de "Edipiana no. 1"e acabava em "Beija-flor" e "Treme-terra", "Octacílio Batista", "Zé Limeira", o que desse e viesse. Ameaçador. Intenso. Impressionante. Estranhamente, contudo, Zé Ramalho desapareceu logo depois, após uma rixa com Alceu em pleno palco, em São Paulo. Parecia mais uma carreira promissora terminada antes de começar, vitimada pelas já históricas dificuldades do mercado brasileiro.

-Era uma tensão insuportável - Zé Ramalho recorda hoje. - A gente estava em São Paulo numa casa bem atrás do aeroporto, era hélice e turbina o dia inteiro, a gente não conhecia a cidade, só ficava o dia todo, sem perspectiva nenhuma, sem saber o que fazer. Porque aquela excursão tinha lá um monte de nome de gente organizando, promovendo, não é, mas era só nome, mesmo, só pela firma, porque quem fazia tudo era a gente mesmo, era divulgação, montar aparelhagem, tudo. Uma coisa desgastante, aflitiva. E eu estava cada vez mais chocado com a agressividade da coisa toda, o clima de competição, uma coisa desesperada. Aí uma noite, no palco mesmo, em vez de fazer o meu número, que era "Jacarepaguá", me deu vontade de cantar "Vila do Sossego". Ficou um clima estranho, o Alceu se zangou, houve violas quebradas, mas nenhum escândalo. As pessoas acharam que era do show. E eu voltei pra Paraíba, pra pôr minha cabeça no lugar, juntar os pedaços.

Hoje, Alceu canta a violenta "Vila do Sossego"em seus shows, como homenagem ao companheiro: "Em seus papiros Papillon já me dizia/que nas torturas toda carne se trai/e normalmente, comumente, fatalmente, displicentemente/o nervo se contrai/com precisão".
E Zé Ramalho da Paraíba estréia hoje enfim em disco - pelo novo selo Epic, o "progressivo"da gravadora CBS - e, em concerto até domingo, no Teatro Tereza Raquel. Curiosamente cercado, já, por muito falatório tipo expectativa, e a escolha pelos leitores do Jornal da Música, como revelação de compositor de 1977.

-Não lamento nada do que fiz. Acho que faria tudo de novo, inclusive os erros. A palavra mais importante, pra mim, é síntese. Fiz uma síntese dos erros, e isso foi muito bom. Eu não acho ruim que as coisas sejam difíceis, batalhadas. Se fosse fácil, menina, já viu o que ia ter de qualquer um aí se achando o máximo, mandando ver. Tem de ser duro, mesmo, porque isso é que faz teu trabalho crescer, faz você ver se tem valor mesmo, se acredita no que faz.
A história de Zé Ramalho da Paraíba é tão estranha e intensa como sua música - e, como sempre a explica. Na sua música, os sons vêm expresso do sertão, secos e incisivos, mesmo quando interpretados por guitarras ou sintetizadores. E as letras causam espanto para quem não conhece a maravilha do repente, fonte onde Zé Ramalho bebe com frequência e humildade. São martelos, mourões, sextilhas, quadras - rigorosamente no estilo, rigorosamente alucinadas como é a melhor poesia do sertão, e urgentemente contemporâneas. Dizendo, por exemplo: "Se eu calei foi por tristeza/você cala por calar/calado vai ficando/só fala quando eu mandar/rebuscando a consciência /como meio de viajar/até a cabeça do cometa/girando na carrapeta/no jogo de improvisar ("Avôhai").


FONTE: Blog Falas Musicais
da amiga Klaudia Alvarez

segunda-feira, 12 de abril de 2010

MESSIANICO E APOCALÍPTICO



" Eu tenho uma missão na terra, como cantador. Tenho que cumprir a minha sina. É a forma de ser útil e me perpetuar. Às vezes penso que estou servindo de instrumento para um criador verdadeiro. É ele quem realmente cria tudo o que canto e componho".

A declareção é de Zé Ramalho, ora lançando seu terceiro LP, intitulado justamente A Terceira Lâmina ( CBS ). Trata-se de uma produção muito caprichada, que conta com as participações especiais de Maria Lúcia Godoy, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Oberdan Magalhães, Novelli e Vital Farias, entre outros.

E, tanto nas palavras quanto nos versos de Zé Ramalho, tranparece o habitual tom messiãnico, de quem está prestes a revelar uma verdade maior ( dele próprio ou de um "criador verdadeiro", que anda ultimamente muito voga entre os paraibanos - vide "Foi Deus Quem Fez Você").

De quebra, vem também um certo tom apocalíptico. Na faixa principal, por ex., onde se sugere a iminência da 3º. Guerra Mundial: " Não sei se é uma previsão ou uma premonição de um momento em que o povo está submetido aos fazendeiros da humanidade, querendo de qualquer forma fugir da ignorãncia, apesar de estar bem perto dela".

Revista "Música" nº 50, 1981

AGORA VEM A TONA...

Pessoal peço desculpas pelo sumiço, é que estava com um problema de fornecimento de internet aqui na minha linda e distante Frutuoso Gomes.

logo logo, postarei novidades!!!

Rivanildo

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Projeto do cd "Zé Ramalho da Paraíba"

Pessoal como estou sempre dando uma pesquisada sobre o Zé Ramalho na internet, vêz ou outra encontro coisas interessantes ao seu respeito.

Uma delas foi esse Kit do cd "Zé Ramalho da Paraíba", fiquei muito interessado e comecei a procurá-lo para comprar. Mas nao encontei-o em lugar algum, então consegui entrar em contato com um dos idealizadores do projeto que se chama Ubirajara.

Veja o que ele me respondeu:

"Boa tarde


Este projeto foi um redesign do cd original, foi feito com meu grupo da faculdade onde tinha-mos que escolher um cd e fazer um novo projeto gráfico então o escolhido foi o cd do Zé Ramalho em qual o grupo se indentifica com suas musicas.

Se vc conseguir entrar em contato com a gravadora ou o próprio Zé vai ser muito gratificante para nós e para o projeto sair do papel.


Qualquer duvida é só perguntar.

Ubirajara Lacerda"


Então pessoal vamos torcer pra que isso realmente saia do papel pois o trabalho do pessoal ficou muito bacana, e é isso que o verdadeiro fã procura.


no mais um forte abraço


Rivanildo Alexandrino

obs: abaixo segue outras fotos do projeto clique sobre as mesmas para ver em tamanho real.






segunda-feira, 5 de abril de 2010

UM ROQUEIRO CANTADOR



Pessoal grande entrevista do Zé Ramalho para o suplemento especial " Correio das Artes " do Jornal A União.
CLIQUE AQUI e lei a entrevista na íntegra!!!

Grande abraço à todos!!!

sábado, 3 de abril de 2010

Como é bom ser fã de Zé Ramalho

Como é ser um fã de verdade?

Acho que fã de verdade aquele legítimo é como eu, que a tantos anos acompanhando a obra musical desse ícone nacional Zé Ramalho, até hoje cara, quando vou passando por algum lugar que escuto uma música do Zé, bicho, me dá logo aquele arrepiu fico muito emocionado e a vontade é de ir até onde tá tocando aquela música e parabenizar à quem escuta-a.

Acho que os fãs do Zé são assim como eu.

Lembro dos tempos difícies de quando comecei a curtir a música dele, aqui no interior do nordeste é foda cara, na minha cidade não tinha meios de conhecer a obra do cara não, era uma fitinha K7 e uns dois discos e pronto, o resto era só curiosidade em saber o que esse gênio da música tinha de diferente.

Mas quando tive a oportunidade de sair daqui e ir morar em São Paulo a coisa mudou, tinha tudo perto de mim cara, como eu gostava de fazer carimpagens em sebos da grande São Paulo, cada coisa nova que descobria sobre o zé era uma alegria diferente, descobri toda sua obra e comecei a guardar tudo relacionado à ele, e ainda é assim até hoje...

Já contei um pouco da minha história de como comecei a curtir o trabalho de Zé aqui em outra postagem...

E a sua história como foi???

mande no meu e-mail e quem sabe eu não a publique aqui!!!

por hoje é só.

fiquem em páz, fiquem com Deus.

Rivanildo Alexandrino

"ZÉ RAMALHO ATACA DE TERCEIRA LÂMINA"

O terceiro LP de Zé Ramalho ( sem contar o semi-pirata"Caminho da Pedra do Sol", feito para a Rozemblit pernambucana ) vai se chamar, apropriadamente, A Terceira Lâmina, e traz canções só dele - além da faixa título, a Ave de Prata" que a Elba Ramalho já gravou, e o "Galope Rasante" de Amelinha, mais as inéditas "Filhos de Ícaro" ( homenagem aos homens-pássaro das asas deltas), "Pequeno Xote", " Atráz do Balcão", "kamikaze", "Cavalos do Cão", " Dia dos Adultos" e a instrumental " Violar".

A essência do som da Terceira Lâmina é a banda de apoio: Rui Motta na bateria, Chico Julien no baixo, Fernando Mauro nos teclados, Waldemar Falcão na flauta, Bira e Carlinhos Ogan na percussão. Más há participações especialíssimas: um coro infantil em " Dia dos Adultos", Maria Lucia Godoy em " Canção Agalopada", e Voveli ( baixo ), Jaquinho Morebaum ( cello ) e Oberdan ( sax ) em várias faixas.
( AMB )

OBS: Pessoal quero dizer que mantenho o texto original da época assim como saiu na matéria, alugns erros ou equívocos do reporter que fêz essa ou outras matérias podem ser notados facilmente pelos fâns atentos do nosso grande Zé.

Fonte: suplemento "Jornal do Disco" da revista Somtrês de 1981.

Rivanildo Alexandrino

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Show em São Paulo 1978


Ingresso para o show do Zé Ramalho em 1978 no Teatro São Pedro em São Paulo, lançamento do LP "Zé Ramalho".

"Uma das boas opções musicais para logo mais às 20 horas é assistir a última apresentação do show de Zé Ramalho, este incrivel paraibano de Brejo do Cruz que, através da gravadora CBS, lançou um dos mais importantes e envolventes Lps deste ano da graça de 78.

O espetáculo, inclusive, é basicamente o repertório deste excelente LP, responsavel pela colocação de Zé Ramalho no centro da atenções atuais da musica popular brasileira, já que, até o lançamento do disco, ele era apenas conhecidos pelas especialissimas participações nos shows de Alceu Valença, com quem trabalhou em termos de parceria durante muitos anos.

Portanto, uma das pedidas é esse show, no Teatro São Pedro com ingresso à base de $ 30,00".

Matéria do Jornal Noticias Populares ( São Paulo ) em 28 de Maio de 1978.

acervo: Rivanildo Alexandrino